Estou a começar a estudar português, espero que seja pelo menos compreensível. Tenham piedade, por favor :')
Pinch wa chansu nanda
(Até um golpe é uma ocasião)
Yabu não estava feliz.
Havia momentos onde se relaxava, momentos onde se divertia, momentos onde conseguia não pensar em nada de desagradável, onde deixava sua mente vaguear no nada.
Mas não, não estava feliz.
Aquela manhã iria ter de encontrar Hikaru, e sabia já que quando iria voltar para casa aquela sensação de infelicidade iria ser ainda mais aguda.
Acontecia amiúde, ultimamente; o rapaz e ele conheciam-se há muitos anos já, e Kota continuava a repetir-se que não era normal.
Não era normal ter aquela sensação de vazio cada vez que ele se ia embora.
Não era justo exigir muito, quando os dois deles limitavam-se a ir para a cama juntos, sem nada de sentimental, sem palavras doces ou gestos afetuosos.
Fodiam, nada mais e nada menos.
Agora Yabu nem sequer sabia quem começara. Sabia somente que aquela situação durava há meses, há meses encontravam-se em pedaços – sempre muito breves – de tempo, transavam como dois animais e logo fingiam que nada tivesse acontecido.
Ao aproximar-se ao lugar do encontro – um restaurante de yakiniku em Ginza – abrandou o passo até se deter completamente.
Hikaru estava em frente a porta.
Para onde estava não podia ver o mais velho, mas Yabu em troca via-o perfeitamente.
Era lindo.
Com esse ar sempre relaxado, esse rosto de espertalhão, as feições que pareciam sempre prontas para sorrir.
Yabu teve o instinto súbito de se virar e voltar para casa.
Não tinha vontade de fingir, como cada vez que se encontravam, que tudo estivesse bem, que aquela situação o satisfizesse, que não pudesse desejar nada mais.
Repensou no que aconteceu há umas semanas, e teve uma agulhada no coração.
Repensou nas palavras de Hikaru e teve vontade de chorar.
Sabes, foi para a cama com o Yuya.
Yabu mordeu um lábio.
Não sabia se o fizesse sentir pior o de Hikaru ter feito sexo com Yuya ou a maneira como lho dissera.
Fora uma frase casual, coloquial, como se estivesse a falar do tempo.
Não havia arrependimento nem culpabilidade, e Kota pensara que efetivamente não tivesse razão para lamentar o que acontecera.
Porque os dois deles não namoravam, e o sexo não significava nada. Hikaru não tinha vínculos, e estava livre de fazer o que queria.
Até o magoar, embora inconscientemente.
Acontecera muitas mais vezes, o mais novo dizia-lho sempre e ele sempre teria gostado gritar, dizer-lhe que ficasse calado, dizer-lhe que não queria ouvir, que queria ficar na sua imagem mental onde se dizia que por ele, afinal, aquela relação significava alguma coisa.
Mas não havia nenhuma relação, e Yabu não tinha o direito de se queixar.
Suspirou fundo e voltou a caminhar.
Pouco antes de atingir o mais novo esforçou-se por sorrir, reparando como se tornasse mais e mais difícil.
“Olá, Hikaru.” disse-lhe, tentando modular o tom da voz.
Ouvindo-o, Hikaru virou-se e sorriu.
Entraram no restaurante e Yabu teve outro momento de parálise, a vontade de escapar que voltava a apoderar-se dele.
Mas não iria fugir, sabia-o.
Yaotome Hikaru era sua droga, e embora a ideia de não poder ser somente seu doesse, ainda não estava pronto a renunciar nele.
*
Passara uma semana da última vez que Hikaru encontrou Yabu fora do trabalho.
Via-o distante; continuava a sorrir-lhe, a falar com ele, como se não houvesse nada errado.
Embora Hikaru tinha a sensação que tudo isso fosse artificial, que o mais velho se esforçasse, que aqueles sorrisos desaparecessem quando ele parava de olhar.
Estava preocupado.
Kota e ele conheciam-se há muitos anos já, e Hikaru importava-se com ele mais do que conseguisse efetivamente demonstrar.
Não gostava da ideia que sofresse, não gostava de não saber o que ia pela cabeça dele.
Suspirou, olhando à volta.
Enviara-lhe um email aquela manhã, pedindo-lhe para ir ter a sua casa.
Não tinha vontade de sexo, não tinha vontade da rotina que inevitavelmente os atingia quando estavam demasiado perto.
Por uma vez tinha vontade de o escutar, de lhe perguntar o que se passava, de falar com ele como fazia antes, quando não havia outras implicações entre eles senão uma amizade saudável.
Era disso que precisava: voltar por uma tarde àqueles momentos, que pareciam longes e dos que ele tinha incrivelmente saudades.
Teria sentido a mesma coisa por Yuya, se não tivesse sido pelas diferenças substanciais entre Yabu e ele.
Takaki sempre fora mais aberto, mais disposto a falar.
Então conciliara o sexo com a amizade de modo natural, sem se sentir incómodo pela situação incomum, sem deixar que a relação deles fosse afetada.
Não era raro que ficassem na cama a falar, de qualquer coisa. Mais frequente era Yuya que começava a conversar, passando dum assunto a outro, e Hikaru ficava ao lado dele e escutava, deixando-se embalar pelo som da voz dele.
Encontrava-o incrivelmente relaxante.
Com Yabu era diferente.
Era mais físico, mais carnal.
Raramente contava-lhe alguma coisa quando se encontravam com o objetivo de acabar na cama, como se houvesse um acordo entre eles; encontravam-se, faziam sexo e logo o mais velho se fechava em seu silêncio, como se fossem dois estranhos e não dois amigos.
Não preferia nenhum dos dois, só tomou nota das diferenças deles; mas isso não significava que não quisesse ir mais além dos silêncios de Yabu, saber o que pensava, o que sentia quando estavam juntos, ultrapassar a parede que construiu entre eles.
Estava ainda a pensar nos dois deles quando ouviu tocar a campainha.
Foi abrir, esforçando-se por fazer um sorriso convencedor; quando abriu a porta, encontrou-se em frente a Kota, a mesma expressão no rosto dele.
“Olá, Ko.” disse-lhe, movendo-se para o deixar entrar.
“Olá, Hikaru.” respondeu, entrando e tirando os sapatos. “Não esperava tua chamada. Trabalhamos muito esta semana, pensava que quisesses passar o dia descansando.” disse-lhe, seguindo-o para o salão.
O mais novo encolheu os ombros e sentou-se com ele no sofá.
“Não estou cansado. Aliás, tinha vontade de ter ver.” disse-lhe, aproximando-se e apoiando a cabeça no ombro dele, começando distraidamente a acariciar-lhe uma mão.
Passaram uns minutos de silêncio; logo Yabu se virou para ele, tomou-lhe o rosto numa mão e começou a beijá-lo.
Hikaru deixou-se levar com prazer; brincou preguiçosamente com a língua na boca do mais velho, mordendo suavemente os lábios dele de vez em quando.
Foi quando Yabu começou a levar as mãos sob sua t-shirt, quando seu toque se tornou mais explicito, que se afastou bruscamente.
“Desculpa Ko, mas... não tenho muita vontade.” disse-lhe, com um sorriso que o mais velho não devolveu.
Yabu ficou de pé e virou as costas, e Hikaru viu os ombros dele ir para cima e para baixo mais e mais depressa, como se não conseguisse estabilizar a respiração.
Quando se virou, o rosto dele mostrava uma raiva que não conseguiu esconder.
“Então porque me ligaste?” perguntou, a voz fria.
Hikaru esbugalhou os olhos.
Essa era a última reação que esperava por parte dele.
Não compreendia o que queria dizer, não sabia de que o estava a acusar.
Levantou-se para ir perto dele e meter-lhe uma mão no braço, mas foi afastado.
“O quê queres dizer, Yabu?” perguntou, o sobrolho franzido e a voz fraca. “És meu amigo, certo? Não te posso ligar porque quero ficar contigo? Porquê não me contas mais nada, não me dizes mais o que fazes, nem o que vai pela tua cabeça?” à medida que continuava, sua voz tornava-se mais e mais desdenhosa. “Talvez aches que se quiser ficar contigo seja somente pelo sexo? Achas-me mesmo tão superficial?” terminou, os olhos contraídos.
Yabu olhou para ele, esta vez expressando algo mais perto da tristeza do que da raiva.
“Não disse isso, Hikaru. Eu...” suspirou, levando uma mão para os olhos como tentando arranjar seus pensamentos. “Digo somente que há quando começamos a ir para a cama juntos não há mais nada entre nós.” tentou, mas tudo o que obteve foi um olhar furioso.
“E de quem acha que seja a culpa? Até quando gostava que ficasses comigo, que ficasses para falar ou algo assim, murmuras sempre umas desculpas e vais-te embora, então não tentes dar a culpa a mim!” parou durante uns segundos para recuperar o fôlego. “E não digas que a culpa é do sexo ou quem sabe o que. És tu. Porque embora vá para a cama com ele, com o Yuya eu...” tentou dizer, mas Yabu interrompeu-o com u gesto firme da mão.
“Não me fales do Yuya.” disse pelos dentes.
Hikaru olhou para ele com ar confuso, não compreendendo a reação súbita.
“O quê tem ele a ver?” perguntou, a voz mais controlada agora.
Viu Yabu hesitar e voltar a respirar pesadamente, quase com dificuldade.
Tentou outra vez aproximar-se dele, tocá-lo; esta vez não foi rejeitado, mas conseguia na mesma sentir a tensão do rapaz sob suas mãos que estavam a acariciar-lhe os braços, como para o tranquilizar.
“Vai ser Natal daqui a três dias, Hikaru.” disse-lhe depois duns instantes de silêncio. Afastou-se dele, recuando. “Peço-te só um presente: escolhe entre o Yuya e mim.” murmurou.
O mais novo ficou imóvel olhando para ele por um tempo que lhe pareceu infinito, como se não conseguisse mesmo entender o que dizia.
O silêncio durou tanto que por fim Yabu levantou os olhos para ele.
“Lamento. Talvez fosse demasiado direto, eu...” disse, tentando esconder a voz que tremia.
Hikaru abanou a cabeça, a expressão em seu rosto ainda grave e incrédula.
“Kota... o quê significa escolher entre o Yuya e ti? Eu...” olhou para ele, suspirando, e não conseguiu terminar a frase.
“Significa o que disse. Estou farto desta situação. Estou farto de me sentir como... como se me faltasse alguma coisa. Farto de ter agulhadas no coração todas as vezes que nomeias ao Yuya. Estou farto de tudo, Hikaru. Por isso pedi-te para tomar uma decisão. Não me importo de qual porém, por favor, fá-lo para mim.” disse-lhe, corando violentamente. Esperou para o mais novo responder, mas ao vê-lo ficar em silêncio voltou a falar. “É melhor que me vá embora.” murmurou.
Hikaru não sabia se quisesse ser parado; ele não o fiz.
Viu-o dirigir-se para a entrada em passo instável, e prendeu a respiração até ouvir fechar a porta.
Logo recaiu no sofá, como se não tivesse forças.
Teria gostado de se conceder um bocado de tempo para pensar, mas sabia que não era mesmo necessário.
Embora chocado, sentia-se estranhamente de mente limpa.
As palavras de Yabu continuavam a atormentá-lo, sem o deixar em paz.
Escolhe entre o Yuya e mim.
Como pudera ser tão cego?
Como pudera ser tão egocêntrico para não se deixar sequer aproximar da ideia de poder ser ele a causa do incómodo de Yabu, a razão da falsidade dos sorrisos dele, a razão pela qual sofria?
Continuava a repetir-se que devia haver uma solução para arranjar as coisas, mas sabia que só havia uma coisa certa para fazer.
Tomou o telefone e marcou o número.
“Yuuyan?”
*
Não era assim que Yabu esperava passar a véspera de Natal.
Trabalhara esse dia, e assim que acabara voltara para casa, demasiado cansado para fazer qualquer outra coisa.
Evitava Hikaru há dois dias.
Não olhava para ele, não falava com ele, tentava não estar perto dele.
Não podia evitar ter vergonha pelo que lhe dissera, pela maneira como deixara que as palavras saíssem sozinhas, como se ele não tivesse o controle.
Aliás, nem sequer o mais novo tentou aproximar-se dele.
Não sabia como o explicar.
Provavelmente queria pensar nisso, ou talvez quisesse esperar que ele desse o primeiro passo.
Ou talvez esperasse só que ignorando-o o problema iria desaparecer sozinho.
Era o que até Yabu esperara, mesmo consciente de estar a iludir-se.
Uma vez chegado em casa, essa noite, olhou à volta.
Lançou um olhar rápido para o relógio: onze e meia.
Trinta minutos e iria ser Natal.
Pedira seu presente a Hikaru, afinal; fora mais além do que teria acreditado conseguir.
Expusera-se, formulara o pedido de modo direto, sem lhe deixar maneira de responder, sem sequer se atrever a perguntar-lhe o que pensava.
Talvez tivesse sido egoísta, mas chegara ao ponto onde não podia suportar sequer outro minuto daquela peça.
Enfrentara si mesmo, e por fim tivera de admitir que amava Hikaru, quer gostasse quer não.
Não era suficiente o sexo, não eram suficientes os momentos que criavam para ceder aos instintos mais baixos.
Não lhe agradecia mais ouvir o nome de Yuya pronunciado por Hikaru exatamente como pronunciava o seu, nem os imaginar juntos, a compartilhar os mesmos momentos.
Estava em casa há só dez minutos quando tomou o casaco e saiu outra vez.
Dali em pouco iria ser Natal.
E ele iria exigir seu presente.
*
Quando Hikaru abriu a porta, ficou imóvel.
Yabu nesse momento sentiu-se dividido.
Era lindo; teve vontade de mandar para o inferno qualquer coisa lhe dissera e atirar-se para ele, diretamente na entrada.
Apertou os punhos, cravando as unhas na mão.
Ceder àquele instinto não o iria levar a lado nenhum, e embora o desejasse conteve-se.
“Olá, Kota.” murmurou o mais novo, apertando a mão na porta, sem a deixar ir. “Queres entrar?” perguntou logo, mostrando uma completa falta de confiança.
O mais velho abanou a cabeça.
“Não, obrigado. Não vou ficar muito tempo, estou farto.” hesitou, agitado. “Só queria conhecer tua resposta.”
Olharam-se por um instante de entendimento silencioso.
Ambos sabiam que não podiam evitar o assunto para sempre.
Hikaru suspirou, logo acenou repetidamente com a cabeça, como para dizer que compreendia.
“Yabu, eu...” murmurou, logo fechou os olhos por um segundo. Ao reabri-los, seu olhar parecia mais determinado. “Importo-me contigo. Conhecemos-nos há quase dez anos, és meu melhor amigo. Mas não tenho intenção de mentir, não te amo.” disse, direto.
Yabu ficou imóvel.
Esperava isso.
Sabia que não iria ter seu final feliz, sabia que fazer aquele pedido levara-o a correr um risco que não sabia se iria conseguir suportar.
Inconscientemente, talvez, preparasse-se a uma rejeição.
Mas embora se pudesse ter acostumado à ideia, não era tão dolorosa como o ouvir pronunciar aquelas palavras.
“Entendo. Então... tua resposta é o Yuya?” perguntou, mordendo um lábio porque não se iria permitir de chorar, não nessa altura.
Hikaru fez um som exasperado.
“Para ti é tudo tão simples, Kota? O quê achas, que foram um o substituto doutro?” perguntou, chato. “Não comecei a ir para a cama contigo porque não tinha outras opções, não comecei a ir para a cama com o Yuya porque tu não eras suficiente.” explicou. “Fiz isso porque... bem, porque vos queria, ambos. Apercebo-me de que provavelmente brinquei com o fogo mas, acredita em mim, não tinha intenção de magoar nenhum dos dois, nem de chegar a isso.” suspirou. “Mas acabou. Tu e eu não podemos continuar porque vai fazer sofrer ambos, mas isso não significa que escolhei o Yuya.” baixou os olhos para o chão. “Acabei até com ele.” disse-lhe logo, a voz apenas audível.
Yabu, cujo rosto ficou sem expressão até agora, esbugalhou os olhos.
“Porquê?” perguntou somente.
“Porque me importo convosco e... e desejo-vos na mesma maneira. Mas não amo nenhum dos dois. Não quero continuar a fazer-te sofrer e não quero fazer sofrer ele, importo-me demasiado para mo poder permitir.” explicou, voltando a olhar para os olhos dele. “Se não vos posso ter ambos, não quero nenhum dos dois, porque me faltaria alguma coisa. Expliquei-o ao Yuya, e de algum modo ele compreendeu e aceitou isso.” deu um passo para ele, como se o quisesse tocar, mas logo mudou de ideias. “Eu sei que não sentes as mesmas coisas do que ele, todavia espero que também possas aceitá-lo.” terminou, serio.
Kota franziu o sobrolho.
Compreendia, perfeitamente.
Racionalmente conseguia até o aceitar.
Acenou brevemente com a cabeça e deu um passo para trás.
“Vai levar tempo, Hikaru, para tudo voltar como antes.” disse-lhe. “Porém... obrigado por ter sido sincero comigo.” acrescentou, logo se afastou. “Vou-me embora, eu...” teria gostado de lhe dizer que devia pensar no que lhe dissera, para tentar realizar que nunca iria haver nada entre eles, para lidar com aquela dor que tinha no centro do peito, mas não conseguiu formular uma frase coerente.
Hikaru acenou com a cabeça, como se conseguisse aperceber-se de como se sentia.
“Eu sei, Kota. Entendo.” disse, e encontrou supérfluo acrescentar outra coisa.
O mais velho estava a dirigir-se para o ascensor, quando foi atingido por um murmúrio.
“Feliz Natal.”
Parou no meio do corredor, sorrindo involuntariamente. Um sorriso resignado, mas na mesma um sorriso.
“Feliz Natal, Hikaru.” respondeu sem se virar, logo se foi embora.
Yabu saiu ao ar livre.
Fazia ainda mais frio do que pensasse. Ou talvez fosse somente ele que se sentia assim.
Não sabia exatamente o que sentir.
Sabia que o que dissera Hikaru era irrepreensível.
E afinal eram amigos, antes do que tudo, o sexo não mudava nada.
E era por aquela amizade que se sentia melhor do que teria esperado.
A dor estava lá, era impensável por ele não sofrer nesse momento.
Embora, de algum modo, se sentia aliviado.
Pensou em todos momentos passados juntos, em quando teria gostado de lhe dizer que o amava, em quando lhe falava de Yuya e ele obrigava-se a manter para dentro todo o rancor que sentia, em todos os sorrisos que fingiu e em tudo o que manteve segredo.
Não iria haver mais nada disso.
E, vendo-a assim, até a amargura pela rejeição parecia aliviar-se, em parte.
Suspirou e foi para casa.
Tivera seu presente de Natal.
Hikaru fora claro. Tentara não o magoar ainda mais. Mostrara-se leal, e Yabu não podia que lho agradecer.
Não era o que desejava mas, afinal, estava contente por ter na mesma recebido algo.